Manual de MS deve ajudar a reduzir atropelamento de animais, dizem especialistas - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Manual de MS deve ajudar a reduzir atropelamento de animais, dizem especialistas 

Documento norteia programa Estrada Viva, que orientará até obras nas rodovias estaduais


Por Adriel Mattos - Campo Grande News


O Manual de Orientações Técnicas do programa Estrada Viva, elaborado pelo governo de Mato Grosso do Sul com apoio de instituições e ONGs (organizações não-governamentais), vai ajudar a reduzir os atropelamentos de animais silvestres nas rodovias estaduais. Esta é a avaliação de especialistas no setor. Conhecido pela biodiversidade de fauna abundante, Mato Grosso do Sul resolveu se preparar e criar mecanismos para reduzir estes acidentes nas estradas estaduais, que em muitos casos envolvem animais de médio e grande porte, como capivaras, antas e tamanduás. A nova estratégia lançada em dezembro do ano passado e oficializada no último dia 17.

“Recebemos muitos animais silvestres feridos aqui no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em função de atropelamentos. Este manual é muito importante porque se trata de um estudo, que prevê ações que serão implantadas na prática, para alterar e reduzir estes acidentes”, descreveu Daniel Cazati, veterinário responsável técnico do CRAS.


Cazati revelou que já atendeu casos de diferentes animais feridos, como quatis, antas e macaco-prego, tendo inclusive realizado cirurgias como reconstrução fácil e até implante de bico em uma arara-canindé. “Esta iniciativa é um bom começo e agora vamos esperar os resultados na prática, para melhorar esta situação”.Arnaud Desbiez, presidente do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), destacou que o manual vai ajudar também a reduzir as colisões com a fauna, que provocam acidentes graves, inclusive com mortes de pessoas. “Muita gente já perdeu a vida nas rodovias após colisão com animais de médio e grande porte. Este documento tem uma série de medidas específicas para tornar as estradas mais seguras, protegendo a fauna e a população”.


O engenheiro florestal e pesquisador do ICAS, Yuri Geraldo Gomes Ribeiro, também declarou que houve aumento destas colisões nos últimos anos. “A decisão sobre o tipo de medida mitigadora e onde implantar tais estruturas, deve ser tomada com base na disponibilidade de dados existentes e é por isso que quanto mais alto for o investimento em estudos especializados, maior o nível de certeza da eficácia e do sucesso na execução”.

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